Esta semana ganhei alguns presentes feitos de palavras. E dos mais comoventes e gratificantes foram os que abaixo transcrevo:
Mundo dos Vivos
(Autor: Silas Façanha)
No livro, nos textos
Um lugar de conflitos
Os mais perversos segredos
O mundo dos vivos
Livro crônica
Com vários elos
Na escrita harmônica
De Carlos Roberto Vazconcelos
Demonstra nos textos
Com um jeito profundo
O amor, o terror
No nosso mundo
Parabéns pelo livro
Parabéns pelo trabalho
Sinceramente eu digo:
Estou encantado
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“Prezado Carlos Roberto: acabo de ler embevecido o livro de sua autoria Mundo dos Vivos/contos. De quando em quando, sou surpreendido aqui no Ceará pelo lançamento de obras literárias do mais elevado nível. A ponto de levarem a esta reflexão – a de que se tais textos fossem publicados por exemplo em São Paulo, por editora de prestígio, os autores se afirmariam como nomes nacionais: o caso de um Marcos Frota. Agora, o caso desse Amigo. Sua obra nasceu da convergência do sociólogo, do psicólogo e do mestre no domínio da palavra, surgindo dessa liga livro realmente fascinante. Vá em frente. Continue administrando o talento, em vez de, como aquela figura bíblica, enterrá-lo; antes, pondo-o a serviço dos leitores, expressão tangível da sociedade. Parafraseando João Paulo II, sobre todo talento pesa uma hipoteca social.
Cordialmente, Pádua Ramos”*
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O poema é do pequeno-grande Silas Façanha, depois de atenta leitura do livro Mundo dos vivos.
Silas Façanha é um garoto de 12 anos, ávido leitor e contumaz operário das letras, que passou a frequentar recentemente o Abraço Literário. Esse menino vai longe, pois escreve, recita e cultiva uma paixão espontânea pela Literatura. Viajou conosco para Ipu (sob responsabilidade dos pais), quando participou do I Encontro Cearense de Escritores, promovido pelo SESC, AILCA e ACE. Assistiu ponderadamente a todas as palestras, recitou versos e deu depoimento. Dentro do ônibus, já de volta, pedi que criasse coragem e lesse para mim o poema inspirado no livro.
O outro regalo veio da parte do Dr. Pádua Ramos, com quem trabalhei de Redator na FIEC pelos idos da década de 1990. Entreguei-lhe o livro há cerca de 2 anos, quando o encontrei na rua. Que grata surpresa a minha quando recebi um telefonema e depois um e-mail com algumas considerações sobre o livro Mundo dos vivos. No momento da ligação, não nos lembrávamos um do outro. Com o decorrer da conversa, foi mais grata ainda a surpresa quando descobri que aquele que se dava ao trabalho de me ligar para comentar meu livro era o Sr. Pádua Ramos, uma das pessoas mais importantes na minha trajetória de vida, grande leitor, dessas pessoas que a gente não esquece pela força do caráter, da inteligência e da cordialidade.
As palavras que ora compartilho neste blogue (e peço desde já a licença de ambos os amigos) me deixam feliz e, por outro lado, só reiteram meu compromisso com a Literatura e com o ato de escrever, hábito que me acompanha desde tenra idade. Não vai aqui nenhuma afetação, apenas um contentamento pessoal e, por oportuno, minha justa homenagem aos dois companheiros de jornada terrena.
*Professor da UECE, ex-Superintendente Geral da FIEC, ex-Secretário do Planejamento (Ceará e Piauí).